Pesquisar
sábado, 25 de fevereiro de 2017
De Como Comprei a Mim Mesmo nas Mãos de uma Promotora de Justiça com dois Cupcakes de Chocolate com Recheio de Maracujá
...E enquanto isso, num dos corredores da "sala da justiça" de um dos fóruns criminais da Bahia:
- Li o Relatório de Pesquisa da Procuradoria da República em nome de Ivo Sotn. Ele mesmo publicou os documentos, em seu Facebook. Um doido! - disse um promotor criminal, em uma conversa informal, entabulada entre outros operadores do Poder Judiciário, no corredor do Fórum Rui Barbosa, aqui na Bahia.
- De acordo com as análises - continuou - ele nunca teve um carro registrado em seu nome, nem imóveis, nem cartões de crédito. Nada! Em todos os endereços obtidos através de seu CPF, onde o procuraram, não encontram o menor sinal dele. O homem é um fantasma! Os telefones registrados em seu nome simplesmente são incontactáveis. O que uma juíza federal iria querer com um homem assim?!
Das cerca de 14 pessoas que compunham o grupo, quase todas riram, exceto as duas únicas mulheres - sempre as mulheres! - ali presentes, duas promotoras. Os tolos não sabiam que uma delas me conhecia, em minha intimidade, desde o ano de 2007, quando o Ministério Público Estadual me processou criminalmente, em razão dos nefastos acontecimentos desencadeados após o dia 7 de março daquele ano. Nos conhecemos nos corredores do Fórum Criminal Desembargador Carlos Souto, onde fui processado. Trocamos telefones e começamos a sair. Desiludida com os homens de seu círculo profissional e social, ela se sentiu atraída por um "cara como eu", que estava postado, em comparação a vocês, adoráveis meninos-padrão, em todos os sentidos, do outro lado da ponte. Iniciamos uma tórrida amizade colorida, com muita liberdade, gargalhadas, conversas sobre diversas coisas, que varavam nossas madrugadas, beijos de língua molhados e públicos - homens da lei não costumam beijar suas mulheres na boca publicamente, acham imoral e classificam como ato de "atentado violento ao pudor! -, hospedagens em hotéis à beira mar e muitos mas muitos, mas muitos orgasmos - mas muitos mesmo!. Com um "cara como eu", ela pôde, pela primeira vez na vida, exercitar livremente, descobrindo um prazer insuspeitado por trás deste exercício, aquilo para que ela havia nascido: SER MULHER, sem regras ou amarras preestabelecidas, sem coação de qualquer natureza. Diante de caras como vocês, "ricos, influentes, respeitáveis e bem-sucedidos", toda vez em que ela tentava ser mulher, sofria uma dupla infibulação: recebia golpes de tesoura e navalha em seus genitais e em sua alma... ou seja, para ela, ser uma mulher para caras como vocês consistia um crime, cuja lembrança do terror dos castigos infligidos ao longo dos anos a desencorajava cerceando, com isso, todas as possibilidades de uma reincidência, separando com uma triste eficácia pedagógica esta "criminosa" de seu "delito", que era apenas o de ser mulher... Na Sotnilândia, adoráveis homens-padrão, a terra prometida de Ivo Sotn, fundada por mim mesmo para o meu culto pessoal ao prazer e às mulheres, o delito de ser mulher sempre foi convertido, automaticamente, em benção e virtude, bastando apenas às proscritas de todas as pátrias, às "impuras" de todos os grupos, cruzar o portão desta terra de prazer e liberdade, onde afixei, no alto deste portão que construí com minhas próprias mãos para protegê-las de vós, a seguinte inscrição, escrita em um lençol branco nupcial, valendo-me de meus dedos e leites colhidos na vulva da primeira mulher com quem fiz amor carnalmente - o amor e o culto ao feminino sempre estiveram contidos em meu ser, de modo que posso recordar-me nitidamente das minhas primeiras lembranças de minha infância, olhando e admirando o feminino e as mulheres, desta forma, a Sotnilândia nasceu comigo, antes mesmo de eu tocar carnalmente a minha primeira mulher - leites oriundos do cervix uterino, glândulas parauretrais, paravaginais e traços de sangue endometrial, de uma menstruação que já apontava naquele corpo que não representava apenas a mulher em sua beleza física, mas em sua divindade. E eu era apenas um menino!, e escrevi, como única legislação vigente na Sotnilândia:
"ABANDONAI AQUI TODOS OS VOSSOS MEDOS E TODAS AS LEIS DOS HOMENS, Ó, VÓS, MULHERES, QUE ENTRAIS!"
Indignada pelos ataques maldosos que aquele promotor e seus amiguinhos dirigiam à mim, minha esposa e à minha amiga juíza, minha promotora tomou a minha defesa:
- Ivo é um homem atraente, inteligentíssimo, trabalhador, sincero, engraçado, loucamente verdadeiro, amante do feminino, corajoso, intenso e adora ridicularizar os preconceitos da opinião pública - palavras dela, viu mamões, estou reproduzindo graficamente o conteúdo de nossa conversa -, um homem sem igual: o que mais uma mulher desejaria?! Na verdade, se ele não existisse e eu não o conhecesse pessoalmente, chamaria de doida a mulher que fantasiasse um homem assim. Vocês se enganam quando pensam que nós, mulheres, priorizamos status social e dinheiro.
Aqui os meninos que nos atacavam começaram a mudar de cor, segundo seu relato. Ela retomou fôlego:
- Pensar assim, gente, é mais um absurdo machista, uma violação de gênero, imposta por vocês, o patriarcado. Buscamos liberdade, respeito e felicidade! De que adianta, por exemplo, casar-se com um juiz, um promotor, um procurador da República ou com um advogado de sucesso e viver uma vida fria e sem emoções positivas, sem amor, sem respeito à nossa pessoa enquanto mulher, ser pensante, autora de nossas próprias histórias? De que adianta casar com o que vocês chamam de "homem importante" e não ser importante para esse homem, sendo relegada a um segundo, terceiro, quarto ou quinto plano? Quantas mulheres no Judiciário vegetam em vidas assim?! Gente, acorda! Século XXI, estas ideias já não cabem mais!
Amei ter dito aquilo, Ivo! - ela confidenciou -me, com os olhos emocionados - Eles ficaram sem ter onde enfiar aquelas caras de bunda! Idiotas! Amei ter dito porque conheço cada um deles e sei que todos são casados e que, por isto, tratam suas esposas como apêndices sociais e escravas, independentemente do fato de algumas delas serem também operadoras do Judiciário, como promotoras, advogadas e até juízas - falando em juízas, quem é mesmo esta juíza federal que lhe entregou a falcatrua, seu cachorro (sim, minha amiga promotora às vezes me chama carinhosamente de cachorro)?! Me conta quem é, por favor, Ivo! Quero que você escreva uma postagem sobre isso no seu blog. Omita meu nome, ninguém precisa saber... mas vou ter prazer em saber que eles vão ler esta história no seu blog e saber que lhe passei pessoalmente estas informações. Tenho prazer com a ideia de que muitas das esposas destes palhaços vão se sentir meio que vingadas por conta desta exposição. Conta aí, vai (o nome da juíza)!
- Conto não! Vá que você esteja a serviço da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)... Você pode ter me vendido por um cupcake gelado de chocolate com recheio de maracujá ou algo do tipo...
Ela caiu na gargalhada:
-Ha, cínico! Você não esquece a minha guloseima favorita! Certamente, Ivo, eu só te venderia por uma coisa no mundo: um cupcake gelado com recheio de maracujá... só de pensar me dá agua na boca... hummmmmmm.......
Eu fiz um ar sério e preocupado, falando baixo, perto de seu ouvido:
-Então acho que sou um homem de sorte porque vou comprar a mim mesmo em suas mãos... - enquanto eu assim falava, abri minha mochila e tirei de dentro dela uma caixinha de confeitaria, com dois cupcakes de chocolate com recheio de maracujá e lhe dei. Ela abriu um sorriso lindo, como uma menina que acabara de receber um doce:
- Ai, Ivo!, cupcake de chocolate com recheio de maracujá?! Não acredito!... - disse, enquanto me abraçava e beijava várias vezes meu pescoço, rosto e peito - Dois!
-Você só vai me perdoar a temperatura. Estavam gelados, mas com um calor dos diabos como este da Bahia!...
Ela sorriu e me abraçou:
- Que bom ver você de novo, seu doido...
E, enquanto comia o seu primeiro cupcake, fechou os olhos, demonstrando, com isso muito prazer...
É impossível ficar sabendo de uma história dessas, onde costumo ser atacado por meninos assim, sem cair na gargalhada. Que meninos-padrão tolos! Queriam me atacar e ridicularizar entre os seus pares da justiça, não contavam que, mesmo entre seus pares, poderia se levantar em nossa defesa uma advogada tão inspirada. Goethe costumava dizer que ler é a arte de desatar nós. Fazendo analogias a este aforismo, sempre achei curioso o fato de que quando os homens-padrão tentam me ler, me decifrar, as particularidades de minha personalidade acabam por dar vários nós nos cérebros destes tolos, rasos e incautos pensadores. Como as mulheres, eu também sou indecifrável para estes tolos. Isso me diverte! Como não encontram um grupo onde possam me encerrar ou um rótulo seguro, com que possam me rotular, acabam jogando a toalha e recorrendo ao rótulo mais acessível a estes idiotas rasos, sobretudo quando reunidos em assembleias filosóficas, quando tentam inutilmente encontrar um adjetivo abrangente e irrefutável para discriminar as mulheres e aqueles que fogem aos padrões medíocres, castrativos e bestializantes a que eles estão organicamente atrelados e julgam, por esta razão, que a única forma viável e juridicamente aceitável de "existência" é a deles: loucas/loucos!
Atentai para a terrível sensibilidade das mulheres, senhores homens-padrão!, elas leem muito através dos nossos olhos. Assim como uma mulher sabe identificar, através dos olhos de um homem e de sua linguagem não verbal (tudo aquilo que nosso corpo fala, através de gestos, da respiração, da pele) quando ele cultua o "macho" e as "coisas de macho" e, em razão deste culto, a despreza como mulher, em sua feminilidade, ela igualmente sabe ler quando um homem, através de seus olhos, gestos, respiração, pele e batimentos cardíacos, ama e cultua a mulher, em sua feminilidade... Atentai, pois sou uma amante delas: das MULHERES!
Meninos-padrão, não queiram me entender, pois sou dois pontos de interrogação castelhanos entre duas reticências... Com estas mentalidades medíocres e preconceituosas, tentar encontrar um significado entre estes dois pontos e estas duas reticências pode ser um caminho sem volta pra vocês!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário