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sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O Câncer de Dilma Rousseff Pariu a Lei Pietro

*Trecho da II Petição Denunciatória à Presidente Dilma Rousseff, em Favor das Crianças Brasileiras Portadoras de Cânceres Hematológicos. Este trecho foi publicado sob o título: O Câncer de Dilma Rousseff Pariu a Lei Pietro, no dia 21 de agosto de 2013, na página do MESS e deletado no dia 12 de outubro, juntamente com as outras publicações. Esta petição acabou não sendo enviada à presidente nem concluída, uma vez que a manutenção do ministro Alexandre Padilha no cargo, a pesar das mudanças positivas forçadas pelas denúncias do MESS nas políticas para transplantes de medula óssea no Brasil (firmamento do convênio Ministério da Saúde-BNDES para a construção de 5 bancos de sangue de cordão umbilical, Portaria N° 2.132, aumento de 25% no número de transplantes no ano de 2012, etc.) comprovam sua compactuação no Gueto Genético da Morte instituído no Brasil. 
Obs.: Nenhum dos dados expostos abaixo nos foi enviado por qualquer dos informantes do MESS ligados ao Serviço Federal de Processamento de Dados ou Ministério da Saúde.



O dep. federal Beto Albuquerque, um dos braços legislativos da Máfia e o câncer da presidente Dilma Rousseff: entre o final de 2008 e início de 2009, o Poder Legislativo do Brasil foi manipulado, sorrateiramente, para a criação de uma lei federal favorável à saúde da então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à presidência da República. Foto: www.psbrs.org.br 

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Uma de minhas grandes decepções com os falsos defensores da causa onco-hematológica brasileira, senhora presidente, ocorreu quando, esperançoso, procurei o deputado federal Beto Albuquerque, militante ativo e exitoso na causa, vice-líder do Governo Lula na Câmara dos Deputados de 2003 a 2010, criador da Lei Pietro, lei de n° 11.930, de 22 de abril de 2009. Recordo-me, à época, que a velocidade vertiginosa com que a lei tramitou nos corredores escorregadios e obscuros de nossas labirínticas instituições legislativas me deixou com uma pulga atrás da orelha. Somente depois destes anos, com a confrontação dos dados enigmáticos que envolvem a instituição da Portaria n° 844, que esta pulga saltou para bem longe e pude juntar as peças... Examinemos o passo a passo cronológico da tramitação da Lei Pietro nos corredores obscuros de nossas instituições legislativas:

 1°) o projeto de lei foi protocolado em Brasília, na Câmara Federal dos Deputados, pelo dep. Beto Albuquerque no dia 25 de novembro de 2008, sob o número 4.383/08;

 2°) aprovado pelo plenário da Câmara Federal no dia 4 de fevereiro de 2009;

 3°) aprovado no dia 31 de março pelo Senado;

 4°) sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 22 de abril de 2009, 147 dias após o seu primeiro passo dentro dos labirintos obscuros de nossas burocráticas e viciosamente morosas instituições legislativas, um grande recorde para a criação e aprovação de uma lei federal em nosso país... lei esta aparentemente aprovada pela sensibilização, pela comoção causada entre os senadores e deputados de nosso humano Congresso Nacional em homenagem póstuma ao filho do deputado Beto Albuquerque, o jovem Pietro Albuquerque, falecido no dia 3 de fevereiro daquele ano de 2009, vítima de leucemia... A verdade dos fatos se mostraria bem mais obscura, senhora presidente...

Com a certeza de que o dep. Beto Albuquerque – a pesar de ter uma noção de que seu silêncio seria muito mais conveniente para suas pretensões em relação a um Governo ao qual bajulava e do qual ele já havia sido vice-líder na Câmara dos Deputados, em Brasília, entre o período 2003-2010 – nos ouviria, após saber que o MESS (Movimento Evelyn Sousa da Silva) estava denunciado os crimes de Genocídio e Apartheid Racial promovidos pelo ministro Alexandre Padilha contra as crianças brasileiras não-brancas portadoras de leucemia e o crime de estupro contra a memória de seu falecido filho Pietro, ao violar, reduzindo drasticamente as verbas destinadas à Semana de Mobilização Nacional Para Doação de Medula Óssea, a essência da Lei Pietro, comecei a procurar o dep. Beto Albuquerque no Google cheio de esperanças quanto a possibilidade de sua adesão ao MESS, quando encontrei a seguinte fotografia dele com vossa excelência, datada do dia 5 de dezembro de 2012. A atmosfera de um feliz comadrismo era tão profunda entre ele e a senhora, que nem precisei ler a matéria.

Minhas esperanças foram estilhaçadas. Como alguém que era considerado até então o maior militante do Brasil na área dos direitos dos portadores de leucemia conseguiu posar para uma foto daquelas?!, sabendo da vigência de uma lei assassina que estava estuprando a memória de seu próprio filho falecido e, o que é muito pior, ceifando as vidas de centenas de crianças brasileiras leucêmicas. Segurando em suas duas mãos, senhora presidente, ele lhe lançava um olhar em que pude vislumbrar a cumplicidade de duas comadres de longa data. Segundo a matéria, ele lhe havia cochichado aos ouvidos a cerca do descumprimento da Lei Pietro (ao estupro da memória de seu filho Pietro) e que a senhora lhe havia dito: “Dia 14 de dezembro (dia em que, por força desta lei que leva o nome do filho do dep., deve ter o início da Semana Nacional Para a Mobilização de Doação de Medula Óssea) é me aniversário!”, fechando a amigável palestra com um terno: “Você mora em meu coração, Beto.”

Como um homem que tem a oportunidade de falar, de cobrar de sua presidente respeito por parte do Ministério da Saúde ao cumprimento de uma lei que leva o nome de seu filho e que, numa instância muito mais elevada, tem a finalidade de salvar a vida de centenas de crianças brasileiras portadoras de câncer, consegue ser tão abjeta, tão corrupta e caninamente servil?! Como um homem consegue ser tão vil, após criar uma lei que leva o nome de seu filho e permitir que esta lei seja violada, estuprando a memória daquele que partiu em meio a agonia, aos gritos de extrema dor, simplesmente por conveniência político-partidária? Com nojo e muitas lágrimas nos olhos, fui me deitar naquela madrugada do dia 21 de fevereiro de 2013. Minha Herlene já estava na cama, dormindo, pois não havia suportado o cansaço acumulado de uma jornada diária de trabalho como professora do jardim de infância, Faculdade de Pedagogia e assistência ininterrupta em minhas investigações e ações denunciatórias. Ao me deitar na cama, ela acordou. Passei-lhe minhas impressões sobre Beto Albuquerque.

À medida que fui falando, meu inconsciente passou a estabelecer relações entre a Lei Pietro e o seu câncer, cara presidente... Comecei a ficar distante... Lembrei-me que, ao ouvir na mídia a notícia de que a senhora estava com câncer, achei muito estranho o fato de esta notícia ter vindo a público no momento em que a senhora já havia feito a cirurgia de remoção do tumor. Meus neurônios maus – estes malditos neurônios que possuo na cachola e que insistem em duvidar de tudo! – começaram a trabalhar naquele momento. Sem sair da cama, pedi a minha esposa Herlene um momento. Apanhei meu aparelho celular na cabeceira da cama, em meio as trevas do quarto sem luz, e entrei no Google, deitado, buscando a data exata da notícia de seu linfoma – câncer cujo tratamento, em estágios mais avançados, é passível de transplante de medula óssea, como sabemos... Um arrepio frio percorreu cada fibra de meu corpo quando vi que a comunicação pública de seu tratamento contra o câncer datava do dia 26 de abril de 2009, quatro dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sancionado a Lei Pietro, lei que tem por finalidade aumentar as chances de transplante para os pacientes onco-hematológicos brasileiros – portadores de linfoma inclusos.

Vasculhei a internet, tentando encontrar alguma matéria sobre a data exata da descoberta de seu linfoma. Não encontrei NADA. Lembrei-me que, à época, quando li pela primeira vez sobre o seu linfoma (sem esta de hipocrisia!), pensei: “O lado positivo de alguém como a sucessora à presidência da República estar com um câncer hematológico é que o assunto será desmistificado e muitas pessoas se cadastrarão como doadoras de medula óssea no Redome, além do aporte de recursos que serão investidos na área. Como sou um homem muito avesso ao ataque bestializante de nossa mídia descaradamente estatizada, nada fiquei sabendo a respeito da Lei Pietro. Minha principal fonte de informação é a internet, e, à época, como a morte de minha sobrinha Evelyn estava muito recente (ela faleceu no dia 13 de agosto de 2008), eu evitava clicar em informações sobre leucemia. Tive conhecimento da Lei Pietro messes depois de sua instituição. Lembro que pensei: “O linfoma da ministra Dilma Rousseff trouxe algo positivo. A sociedade está trabalhando para ajudar os pacientes onco-hematológicos.” Juro que não pensei isto de uma forma irônica ou desconfiada, senhora presidente.

 Mas agora, dada a gravidade das circunstâncias torpes em que nos encontramos, estas vagas observações do passado vieram em meu socorro para fortalecer a nossa denúncia. A ideia da Lei Pietro pode até ter surgido antes que o seu linfoma fosse diagnosticado (o que acho pouco provável, pois, até hoje, peno para saber a data da descoberta clínica do seu tumor) mas ela só ganhou a personalidade jurídica de nossos parlamentares por força dele. O seu linfoma e todos os recursos escusos que regem o nosso Congresso Nacional, como mensalão, tráfico de influência, concussão, etc., pariram a Lei Pietro, cara presidente! Ou seja: aquela lei que, para a sociedade brasileira foi fruto do trabalho árduo de um deputado para tentar salvar a vida de seu falecido filho e de crianças que sofriam do mesmo mal foi forjada, nos bastidores, pelo PT e sua corja de oposicionistas mensaleiros, para garantir uma medula óssea compatível para vossa excelência. Sei que a senhora não sabe de nada e por esta razão conto-vos, nestes pormenores. 

Enquanto os onco-hematologistas do Sírio-Libanês se uniam na tarefa de extirpar o tumor de seu organismo, deputados, ministros e senadores (incluso no esquema o atual ministro Alexandre Padilha, participante do esquema como um dos cabeças em virtude de seu cargo de Chefe de Assuntos Federativos à época e como um dos principais articuladores do Governo Lula) ajustavam, a portas fechadas, os termos da votação positiva para a instituição da Lei Pietro. Pasmem, senhora presidente Dilma Rousseff e senhor ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: matei mais uma grande esfinge desta nossa sociedade de corruptos. Decifrei o enigma que se postou ante meus olhos sob o nome de Lei Pietro. Vossas excelências são vítimas de um terrível, gigantesco, leviatânico esquema de corrupção. O dep. Beto Albuquerque, este homem ignóbil que usa o nome dos portadores de leucemia e o nome de seu próprio filho para obter votos, alegando ser o responsável pelo salto do Brasil de 900 mil para 3 milhões de doadores de medula óssea cadastrados no Redome é, além de partícipe ativo neste terrível Genocídio promovido pelo ministro Alexandre Padilha contras as crianças brasileiras negras, índias, mestiças e de origem oriental portadoras de cânceres hematológicos, um grande estelionatário, pois enganou e engana toda uma nação – inclusa vossa excelência, em sua inocência maternal.    

A senhora ocupava o cargo dentro do governo Lula de ministra da Casa Civil, mas já era a predileta do Partido dos Trabalhadores na campanha de sucessão ao presidente Lula no Palácio do Planalto. Após tantos investimentos por parte do PT e do presidente Lula desde o seu primeiro mandato na projeção de sua imagem de mulher inteligente, objetiva, culta e determinada, está mais do que claro que o PT não perderia para o câncer ou para o que quer que fosse, a pessoa sobre quem investiu pesado para gravar no consciente e inconsciente do povo brasileiro o estereótipo de supermulher, capaz de continuar o belo e messiânico trabalho do PT com o povo brasileiro. O PT jamais perderia esta luta contra o câncer. Se o linfoma que lhe acometia é uma das doenças em cujo tratamento é indicado o transplante de medula óssea e o Brasil, à época, tinha apenas 900 mil doadores de medula óssea cadastrados no Redome, o cúpula do PT disse: haja novos cadastros! Assim nasceu a Lei Pietro, cara presidente!

As contingências do destino deram um empurrãozinho: a leucemia do Pietro Albuquerque, filho do deputado e vice-líder do governo lula, à época, na câmara dos Deputados. O projeto da Lei Pietro foi protocolado em Brasília pela Câmara dos Deputado no dia 25 de novembro de 2008 e sancionada pelo presidente Lula no dia 22 de abril de 2009, 147 dias depois de seu primeiro passo nos corredores labirínticos de nosso corrupto Poder Legislativo. A saúde dos pacientes onco-hematológicos brasileiros, aqueles que, como a senhora, precisam ou podem vir a precisar de um transplante de medula óssea, uma das minorias mais desprezadas pelo Ministério da Saúde brasileiro, nunca teve em seu favor tanta atenção e respeito após a comunicação de seu linfoma em rede nacional. A este respeito, somos inteiramente gratos aos esforços do seu partido para salvar-lhe a vida, senhora presidente.

Só ficamos tristes, imensamente tristes, com o fato de um esquema de corrupção tão grande como o da compra de votos de deputados e senadores para engolirem – goela a baixo ou reto acima – a Lei Pietro ter passado despercebido em um país com quase 200 milhões de pessoas. Sim, senhora presidente!, é isso mesmo: o Congresso Nacional, a mãe corrupta em cujo ventre foi gerada a Lei Pietro, só se permitiu penetrar e engravidar por conta de seu linfoma. Sei que o PT a instruiu para não noticiar a cerca da doença antes que estivesse votada uma lei que garantisse a sua medula óssea, numa eventual demanda. Para a senhora, certamente aqueles monstros corruptos devem ter dado a desculpa de que o silêncio era em virtude de não usar um golpe tão baixo, o aproveitamento da comoção que causaria no emotivo eleitorado brasileiro, a notícia de seu linfoma, contra os bons costumes da ética política.

Sei que a senhora não teve culpa. Mas – não se desaponte comigo!, peço-lhe – permita-me externar meu parecer sobre sua conduta, senhora presidente: a senhora foi demasiada ingênua! Como acreditar em uma coisa dessas?! Vide a campanha presidencial do ano de 2002: o candidato Ciro Gomes conseguiu subir vários degraus na pesquisa de intenção de votos quando sua companheira, a atriz Patrícia Pillar, passou a aparecer na TV, sem cabelos, por conta do tratamento de um câncer de mama, fazendo propaganda para o seu companheiro Ciro. E a senhora acreditar que o PT perderia a chance de bombardear a mente emotiva dos brasileiros com um ataque sistemático, em todos os meios de comunicação, com a história da mulher guerreira que, pelo Brasil, já havia enfrentado uma Ditadura e que agora, novamente pelo Brasil!, lutava contra as crueldades de um câncer? Ingênua, demasiada ingênua a senhora! Se estivéssemos em um país de verdade, senhora presidente, se o Brasil não fosse o puteiro mais baixo, mais vulgar do mundo – perdoe-me a vulgaridade da expressão chula – Estes dados investigados por mim a cerca da Lei Pietro geraria em nosso país um escândalo com a mesma proporção e desfecho do caso Watergate.

Mesmo a senhora sendo cabalmente inocente, como faço questão em ressaltar, as circunstâncias conspirariam contra a sua inocência. Tirando eu mesmo, que sou um homem extremamente imparcial e longânimo em meus pareceres, nenhum intelectual ou jurista no Brasil acreditaria em sua inocência. A minha certeza quanto a sua inocência, apesar de profunda e inabalável, é baseada apenas em conjeturas quanto à sua integridade de caráter e biografia impecável. Mas, infelizmente, como diziam os sábios da Antiguidade, 100 conjecturas não produzem 1 fato e os fatos, infeliz e cabalmente, apontam para a sua participação passiva – omissão – neste abjeto esquema que deu origem a Lei Pietro.

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